sexta-feira, 15 de junho de 2012

POPÓ O CAMPEÃO QUE PERMANECEU POR CINCO ANOS ADORMECIDO

Popó: ‘Tudo o que eu quero eu consigo’

Boxeador falou sobre a luta contra Michael Oliveira e afirmou que: 'Tinha que mostrar que o campeão não tinha morrido, só adormecido’

Popó retornou aos ringues por causa de seu filho Popozinho (Eder Sguerri)
Popó retornou aos ringues por causa de seu filho Popozinho (Eder Sguerri)
Acelino “Popó” Freitas retornou aos ringues no dia 2 de junho de 2012, para enfrentar o compatriota Michael Oliveira, em luta realizada no Conrad Casino em Punta del Este, Uruguai. Popó, que não lutava desde 28 de abril de 2007, quando perdeu para Juan Diaz, só aceitou o combate porque “Popozinho”, seu filho de 6 anos, pediu ao pai que retornasse aos ringues para uma última luta.
“Meu filho queria me ver lutando, ele só tem 6 anos e não teve a chance. Fiz isso por ele”, afirmou Popó, que admitiu que o filho mudou de ideia dias antes do combate: “15 dias antes da luta, o Popozinho pediu para que eu não lutasse, pois tinha medo que eu me machucasse e todo mundo o culpasse por isso”.
Cinco anos afastado dos ringues fez com que muita gente duvidasse de que Popó pudesse vencer Michael Oliveira, que estava invicto há 17 lutas.
“Era uma questão de honra vencer essa luta, pois muita gente – incluindo colegas do Plenário – tiraram onda de mim, dizendo que eu não iria conseguir”.
Popó, no entanto, não tinha dúvidas que venceria o confronto: “Tudo o que eu quero eu consigo. Quando eu comecei a me preparar para lutar contra o Michael eu sabia que ia ganhar dele”, afirmou Popó, que disse não ter se intimidado com o cartel de Oliveira:
“Quando me questionavam sobre o Michael eu dizia: ‘Pegue todas as 17 vitórias dele, todas as lutas amadoras que ele fez e quem ele enfrentou. Veja se tudo isso dá um título mundial. Se não der, eu arraso ele. Vou passar o carro’”.
Mesmo tendo sido superior durante todo o confronto contra o boxeador de 20 anos, Popó enxergou um potencial em Michael Oliveira e afirmou que “mais dois ou três anos Michael poderá chegar a disputar o cinturão mundial”, mas que o maior empecilho para que isso aconteça é o pai e empresário, Carlos Oliveira, taxado como “prepotente” por Popó.
“Antigamente os filhos tinham o pai como super-herói, hoje o pai tem o Michael como super-herói. Não pode. Ele tem que deixar de ser fã e ser empresário dele”, afirmou Popó.
A ideia inicial de Popó era enfrentar um argentino em sua luta de despedida, mas Carlos Oliveira pediu para que ele enfrentasse seu filho Michael, que durante toda a preparação para o combate provocou Popó.
“Minha ideia não era bater nele (Michael), não queria tirá-lo do boxe ou coisa parecida. Mas como o pai dele é muito prepotente, eu tinha que mostrar que o campeão não tinha morrido, só estava adormecido, mas agora acordou”.

Extraído: Foxsports