quinta-feira, 18 de setembro de 2014

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Requalificação de 35 campos e quadras em Salvador

01 de Julho de 2014




Trinta e cinco campos e quadras de Salvador serão reformados pela Prefeitura, por meio da Diretoria Geral de Esportes e Lazer da Secretaria Municipal da Educação (Smed). O investimento é da ordem de R$ 5 milhões e previsão de conclusão das reformas é de três meses.

Com licitação a ser lançada ainda no segundo semestre deste ano, foi anunciado o investimento de mais R$5 milhões para a requalificação de mais 54 praças esportiva. Outras 11 estão em processo de requalificação incentivados pelo programa Salvador em Campo, que promove a adoção de áreas esportivas por empresas ou instituições privadas que busquem fortalecer o esporte e utilizá-lo como ferramenta de inclusão social. A expectativa é de que 100 campos e quadras sejam entregues completamente reformados até o fim do ano.

Para o Deputado republicano, Acelino “Popó” Freitas (PRB/BA), esse tipo de ação é muito gratificante. “Indiquei emendas para Salvador e me orgulho de poder apoiar ações voltadas para o esporte no meu Estado”, afirma Popó. 

Ao todo, 200 espaços esportivos foram vistoriados e estão cadastrados no Programa de Requalificação de Campos e Quadras, que tem como objetivo incentivar a prática de esportes e lazer por meio da requalificação de espaços esportivos da cidade. As obras contam com recomposição do alambrado, drenagem e compactação do piso e reforço na iluminação. Em alguns desses locais serão construídos, ainda, vestiários.

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Escute o jingle da campanha #Popó1000

Escute o jingle da campanha #Popó1000

22 de Julho de 2014

Convido vocês a escutarem os jingles da nossa campanha! Espero que gostem e cantem comigo durante essa jornada rumo a Câmara dos Deputados.


Aperte o play! http://soundclound.com/popofreitas
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sexta-feira, 4 de abril de 2014

"MESMO FORA DO MANDATO, CONTINUAREI LUTANDO EM PROL DO POVO E DAS CAUSAS QUE ABRACEI!", declara Popó, após entregar o cargo de Deputado Federal.

Veja abaixo algumas das experiências de Popó na política, em forma de desabafo.



Recordo como hoje cada desafio que enfrentei na vida. As lutas contra as mazelas sociais, e também contra grandes adversários no mundo do boxe. Dormi no chão, literalmente, até meus 23 anos, mas também conquistei... Levei o meu país por quatro vezes ao pódio, e por também outras dezenas de defesas, ao mais alto escalão do esporte no mundo. 

Talvez nenhuma palavra expresse com exatidão tudo o que passei. Isso só eu e minha família sabemos! Mas essa não foi uma realidade só minha. Histórias semelhantes têm de milhares em nosso Brasil. Pelo menos, na parte das dificuldades, sim. Por isso acreditei que, por conhecer os anseios do povo na pele, eu pudesse ajudar. Nem que fosse com uma oportunidade. Afinal, eu só precisei de uma (e muita dedicação) para me tornar o Popó reconhecido e respeitado mundialmente.

Foi então que mais uma vez precisava me desafiar. Voltei a estudar. Completei. E estudei mais ainda. Passei no vestibular e comecei a cursar direito.

Queria mais. A vida me ensinou a vencer um desafio e partir para outro. Foi então que surgiu a política. em 2010, faltando 45 dias para o dia em que o povo depositaria sua confiança e voto na urna, eu resolvi oficializar minha candidatura. O Brasil respirava o esporte (eu imaginava), com o anúncio de grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, em nosso país.

A campanha foi algo marcante para mim. Já nem precisava ganhar. Só em andar pela Bahia, meu estado, e receber carinho tão intenso do povo, foi incrível. Incrível, pois passei por lugares que literalmente não tinham nada, era deslocado de tudo. Mas tinha uma televisão. Todas essas pessoas me conheciam, me reconheciam. E não sei de onde, tiravam algum aparelho para registrar uma foto comigo. Pediam autografo. Se emocionavam. Me faziam parar para conversar com prazer e felicidade por tamanho carinho. Foram dias, realmente, inesquecíveis.

Não tive apoio em horário político, na televisão. Não tive milionários investimentos, como gastam por aí. Nem partido bancando, priorizando ou destacando minha campanha. Foi eu e o pé na estrada. Visitei mais de 250 municípios em 40 dias. Cheguei a configurar entre os 3 primeiros nas pesquisas internas dos partidos, ao cargo de Deputado Federal.

Mas, foi então, que a política já começava a se apresentar como ela realmente é e eu nem percebia. Uma política de interesses, que já começava antes mesmo do mandato. Uma política em que você não pode crescer sem "autorização" dos poderosos, dos mandatários. 

Testado nas urnas, com todas essas nuanças, fui eleito primeiro suplente de deputado federal, em uma coligação que conquistou a reeleição no governo estadual e garantiu o mesmo grupo na esfera federal. Ou seja, exerci o cargo de Deputado Federal pela Bahia praticamente desde o início da legislatura.

Foram dias de felicidade, afinal mais uma conquista. No entanto, de incertezas. Não sabia exatamente como seria. O que encontraria. Como procederia. E as particularidades do meu dia-a-dia.

Minha primeira experiência foi imaginar que poderia influenciar no novo salário mínimo, afinal era necessário a votação orçamentaria do ano. Eu lembrei que 1 real, 10 reais, 100 reais que entravam extra na renda da minha família, era motivo de muita alegria. E busquei o maior valor que pudesse indicar para o novo salário mínimo no Brasil. Comecei a conversar com os colegas. Todos queriam tirar fotos comigo. Eu aproveitava e contava essa história do salário mínimo a eles. Que também se mostravam receptivos e demonstravam atender meu pedido de lutarmos por mais recursos ao salário do povo. Comecei a animar. Pensei que já começaria emplacando um gol. Foi então que já comecei com sensação de nocaute.

Sensação de nocaute, pois todo o esforço que fiz conversando com os parlamentares não valeu em nada. No final, todos acatariam a posição do seu partido. E os partidos, com raríssimas exceções, votariam de acordo com o governo. Afinal, tudo funciona como uma troca ali dentro. E "interesses" é a principal palavra para definir um pouco da conjuntura da política.

Nessa votação marcante para mim, eu vi o meu nome como Deputado sendo ofuscado pelo nome do Partido, que votava junto ao governo, na opção que preconizava valor menor ao salário mínimo. Comecei a perceber que estava lutando para ser vencido pelo "juiz". 

Não hesitei em chamar meu partido em reunião e pedir para que eu pudesse ter autonomia e votasse de acordo com minhas convicções e desejos. Eu estava aprendendo política na prática.

Poderia citar aqui diversas experiências negativas. Mas esse não é o meu real propósito. Estou tão somente abrindo o coração para algumas coisas.

Eu sempre corri de "conversinhas" de corredores, ou de gabinete, com porta fechada e televisor alto. Entrosamentos e "lobby's" estranhos, com interesses obscuros. Nunca precisei disso. Não mudaria quem eu sou. E eu sou de verdade.

Chegou o momento de entender sobre emendas e destinação de recursos e projetos. Imaginei que estaria presente mais de perto e no dia-a-dia do povo. Mais uma vez percebi que está tudo sob o domínio, sob o controle, de acordo com os interesses do governo. Eles podem fazer cortes orçamentários. Podem liberar ou não. As vezes liberam limite, mas não empenham o recurso. Ou empenham, mas não pagam. Ou pagam, mas não executam. No final de tudo, o povo continua sendo o principal prejudicado.

Quando eu percebi que a minha palavra dada em reuniões pelo Estado, comprometimentos, e anúncios de projetos, estavam completamente submetidos aos interesses de outros, e esbarravam na burocracia institucionalizada, eu chamei minha assessoria e resolvi ser não mais o DEPUTADO POPÓ, mas o POPÓ, que ESTAVA DEPUTADO. O que isso quer dizer?

Quer dizer que eu resolvi usar minha imagem de atleta, meu respeito e reconhecimento mundial, para poder ter ações efetivas ao povo. Me juntei ao Romário, ao Tiririca, ao Danrlei e outros deputados, e criamos ações sociais por todo o Brasil. Em favor de instituições, de pessoas carentes e mais necessitadas. O FUTEBOL SOLIDÁRIO nasceu, o BATE-PAPO COM POPÓ NAS ESCOLAS nasceu, o CRACK? SO DE ESPORTE nasceu. E outras campanhas sócio-educativas, eventos sociais e ações específicas foram criadas com o intuito de SERMOS EFETIVOS, mesmo sem os RECURSOS POLÍTICOS.

Eu descobri que os recursos políticos foram institucionalizados para fazer política. Para garantir votos. Para garantir fotos. Notícias em jornais etc. Mas quase nunca para serem efetivos, de resultados.

Mas, mesmo assim, também continuei lutando por eles. Indiquei recursos e emendas foram destinadas para hospitais, para escolas, para quadras poliesportivas, para Unidades Básicas de Saúde, e diversas outras áreas. Alguns já executamos. A maioria, ainda na burocracia. E no famoso "vai pra lá, vem pra cá!".

Quase não falei no Plenário principal. Eu nunca imaginei aquele local como de efetivas discussões. Vejo muitos deputados falando, falando e falando, para depois fazerem seus cortes específicos e divulgarem. A maioria dos colegas, conversando. Poucos interagindo. Os assuntos se estendendo. As votações ficando para depois. E os anseios do povo, cada vez mais longes de serem resolvidos.

Agora, me destaquei nos plenários, nas comissões. Promovi debates, audiências públicas. Falei muito do que penso. Me envolvi com questões ligadas ao esporte, na Comissão de Turismo e Desporto. Fiscalizamos as obras à Copa do Mundo. Fizemos nosso papel. Pressionamos o governo. Lutei pelo legado social. Mas, também esbarramos nos "interesses" e também nas funções de outras pessoas, ou entidades.

Deputado não resolve tudo. Aliás, por vezes, Deputado não resolve nada.
Abracei a causa de milhões de brasileiros. Me envolvi em um tema que poucos tiveram coragem. Dei a cara a bater. Mas também ataquei. Ataquei, sim, em prol do povo, que por motivos políticos, tiveram seus bens bloqueados e seus sonhos postos água a baixo. Encontraram no marketing multinivel uma forma de mudança de vida, com trabalho digno. E os poderosos encontraram nesse segmento a possibilidade de acusar por "indícios de pirâmide financeira", afinal o povo estava começando a ganhar, a ficar independente, a reconhecer o potencial que tem. Eu defendi de maneira tão ferrenha isso, que chegaram a confundir meus reais interesses. Eu estou dentro. Sei das coisas que vem acontecendo, e o por que delas, como ninguém. 

Mas isso me deu uma energia tão positiva. Eu percebi que posso brigar. Que poderia sim, continuar fazendo a diferença na política, e mesmo assim, isolado daqueles que não comungam com minhas intenções (mas ditam as regras do jogo), gerar resultados que refletiriam sobremaneira na sociedade.

E, justamente por "futucar" os poderosos, cheguei a enfrentar retaliações das mais diversas. Cheguei a ser chamado no Conselho de Ética do Congresso Nacional. Lá haviam denúncias contra mim, que poderiam me prejudicar. Sim, de outros deputados.

Afinal... Não era possível. Eu só estava lutando pelo povo (deveriam se perguntar alguns)? Com tantas empresas bloqueadas e milhões/bilhões de dólares envolvidos. Eu simplesmente defendia do nada? Sem nenhum "entrosamento político" sem nenhum "lobby", sem nenhum "jogo de interesse". A ideia sempre foi me parar. 

Chega de tantos desabafos. Senão, vou escrever demais. Demais mesmo, em todos os sentidos.

O propósito deste texto todo é dizer que CONTINUAREI LUTANDO EM PROL DO POVO E DAS CAUSAS QUE ABRACEI, MESMO FORA DO MANDATO.

Sim... Eu "não estou" mais deputado federal. Poderia ser diferente, sim, talvez. Mas o ex-Secretário da Casa Civil, candidato do PT ao governo da Bahia, voltou ao cargo e assumiu a vaga que ocupava como suplente.

Graças a Deus, ser político para mim sempre foi uma escolha. Não uma necessidade. Uma escolha que, por vezes, quase decidi abrir não. Mas não sou de recuar. Quando eu abraço uma causa, vou até o fim. Por isso mesmo, continuarei garantindo esforços para acompanhar tudo o que venho lutando. Pois tenho compromisso com você, não só com meus eleitores. Mas todo o Brasil que confiou em mim. E que, mesmo sem votar, puderam conferir um Popo dedicado, atento aos anseios do povo, e um guerreiro de ideais, metas, sonhos.. e muita sensibilidade.

Ainda não sei ao certo as cenas dos próximos capítulos. Mas, de uma coisa eu tenho certeza: Nós não somos meros espectadores. Somos os protagonistas.

Quero finalizar dizendo que estamos juntos. E que ainda podem contar comigo! Eu continuo a postos.

Um abraço forte.

Do amigo,
Popó

quarta-feira, 2 de abril de 2014

AUTISMO

O que è o autismo?
O autismo é fundamentalmente uma forma particular de se situar no mundo e, portanto, de se construir uma realidade para si mesmo.
Associado ou não a causas orgânicas, o autismo é reconhecível pelos sintomas que impedem ou dificultam seriamente o processo de entrada na linguagem para uma criança, a comunicação e o laço social.
As estereotipias, as ecolalias, a ausência de linguagem, os solilóquios, a auto agressividade, a insensibilidade à dor ou a falta de sensação de perigo, são alguns dos sintomas que mostram o isolamento da criança ou do adulto em relação ao mundo que o rodeia e sua tendência a bastar-se a si mesmo.

QUANDO SE COMEÇOU A FALAR DE AUTISMO?

QUAIS SÃO SEUS SINTOMAS?

QUAIS SÃO SUAS CAUSAS?

 

  

QUANDO SE COMEÇOU A FALAR DE AUTISMO?

Com Jean Itard, que em 1801 levou a cabo uma descrição da criança selvagem, passando Eugen Bleuler, que em 1901 o relacionou com a esquizofrenia, até Leo Kanner, que realizou em 1943 o detalhamento minucioso dos itens característicos, e Hans Asperger, que se centrou em um outro tipo de autismo, às vezes chamado de autismo inteligente; os traços característicos das crianças com autismo são em sua grande maioria os mesmos.

QUAIS SÃO SEUS SINTOMAS?

Os principais sintomas são:
- Isolamento do mundo exterior e recusa do contato com os outros. (Tanto no nível da voz quanto no do olhar).
- Alterações da linguagem que podem ir desde uma ausência total da fala até uma verbiagem ininteligível. Em algumas ocasiões, repetição de fragmentos de frases retiradas de filmes ou que foram escutadas de alguém, estabelecendo verdadeiros solilóquios.
- É uma fala que não se dirige a ninguém, que não é usada nem para comunicar nem para estabelecer um diálogo mínimo.
- Ausência de interação com os outros.
- Ausência de jogo simbólico.
- Estereotipias
- Rituais
- Temor das mudanças e insistência em manter uma imobilidade naquilo que o rodeia.

ENTÃO, QUE VALOR DAR A ESSES SINTOMAS? O QUE FAZEMOS COM ELES, PARA ALÉM DO SINAL DE ALARME QUE ELES NOS DÃO, PARA NOS PERGUNTARMOS SOBRE O QUE SE PASSA COM ESSAS CRIANÇAS?

Considerar esses traços como sinais de um retardo no desenvolvimento ou de uma patologia nos levaria a um reducionismo. Nós nos reduziríamos a considerar o autismo como uma deficiência ou como uma doença que implica numa deficiência com graus diferentes. Por isso, muitos tratamentos se reduzem também a programas cujas intenções consistem unicamente em suprir essas supostas deficiências. Tais tratamentos têm como objetivo “ensinar” a criança autista a cumprir os ideais da normalidade. Nesse sentido, não há dúvida de que os métodos cognitivo-comportamentais se inscrevem nessa direção e, provavelmente, são aqueles que mais se dedicaram a alcançar os objetivos de reeducação. Pelo contrário, nós consideramos que a criança com autismo deve ser tratada levando-se em conta seus sintomas para nos perguntarmos o que se passa com ela para que ela se apresente dessa maneira. Que disciplina ou quem se ocupa em compreender a criança com autismo? 
Por que, além disso, aquele que não obedece à normalidade teria necessariamente um déficit? Nós consideramos que não é assim. O autismo é uma forma particular de se situar no mundo e é justamente isso que deve ser considerado para orientar o tratamento clínico adequado.

QUAIS SÃO SUAS CAUSAS?

Na atualidade, as áreas de investigação científica sobre as causas do autismo são fisiológicas. Existem várias hipóteses sobre essas investigações em curso. As principais são: Afecção em áreas do cérebro, disfunções genéticas, consequências dos metais pesados no interior do organismo, intolerâncias alimentares assintomáticas.
Entretanto, não há, até o momento, nenhuma causa determinante nem conclusiva que se derive do conjunto dessas investigações científicas, ainda que muitos recursos se destinem a buscar uma causa genética ou fisiológica. Quer dizer,nenhuma investigação científica pode, até agora, estabelecer a etiologia do autismo.
O posicionamento da psicanálise lacaniana é claro nesse sentido: a pergunta pela causa não explica em quê consiste ser um sujeito com autismo. Tampouco consideramos que os sintomas do autismo sejam a consequência de um déficit que deva ser reeducado, nem a expressão de uma doença. Para a psicanálise lacaniana, a pergunta fundamental visa saber um pouco mais sobre o que implica ser uma pessoa com autismo.

COMO VIVEM A CRIANÇA OU O ADULTO COM AUTISMO?

COMO SE ORGANIZA A REALIDADE QUE OS RODEIA?

COMO CONVIVEM COM OS OUTROS?



Conseguir responder a estas preguntas nos aproximará mais da compreensão das pessoas afetadas por autismo e poder, dessa forma, oferecer a elas a possibilidade de conectar nossos dois mundos: o delas e o nosso.
Sabemos que o que caracteriza o ser humano é a dimensão de uma linguagem simbólica (feita de símbolos e não de signos), a partir da qual ele pode estabelecer coordenadas simbólicas que conferem um sentido ao mundo que o rodeia e lhe permitem situar-se nele. Estas coordenadas simbólicas atuam sob a forma de união entre as imagens, as coisas e as palavras.
Dessa maneira nós, seres humanos, organizamos o mundo exterior, quer dizer, situamos um espaço e um tempo, um interior e um exterior, um antes e um depois. É dessa maneira também que construímos uma ideia de nosso corpo, localizamos seus limites e o diferenciamos daquele dos outros. São também essas coordenadas simbólicas que nos permitem situar a dor, o prazer, o mal estar e a angustia; diferenciar o eu do tu, nossos pensamentos e os dos outros, o que pensamos e o que ouvimos.
Dessa forma, construímos a realidade que, para o ser humano, nunca está dada de entrada, como o próprio autismo nos ensina. É através do uso das palavras ou de diversos elementos simbólicos (a linguagem dos surdos, por exemplo) que nós acedemos a ter um discurso próprio sobre todas essas coisas, a pensar sobre elas e a falar delas com os outros.


Tradução: Cristina Drummond
 
FONTE: http://autismos.net/o-que-e-o-autismo.html

2 de abril - Dia Mundial da Conscientização do Autismo

No dia de hoje, 2 de abril se comemora o Dia Mundial da Conscientização do Autismo que foi decretado pela Organização das Nações Unidas (ONU), pais, profissionais e governantes. Estes, se uniram para fazer um alerta sobre esta síndrome que cada vez mais afeta novas crianças.

Os transtornos do espectro autista, descritos inicialmente por Kanner em 1943, são considerados modernamente como um conjunto heterogêneo de síndromes clínicas que tem em comum uma tríade: comprometimento da interação social, comunicação verbal e não verbal e comportamentos repetitivos e estereotipados, que podem variar desde as formas mais leves até formas mais graves. A forma mais grave é o isolamento social completo e a indiferença às pessoas, já uma forma mais atenuada pode ser vista naqueles que não procuram espontaneamente o contato social mas aceitam ser procurados sem oferecer resistência alguma.

A etiopatogenia da doença é multifatorial dependendo de fatores genéticos e ambientais.

Pode ocorrer que pacientes autistas tenham as chamadas "ilhas de habilidades" onde podem manifestar facilidade no aprendizado da leitura, memória excepcional, dom para o desenho e outras áreas. É comum também uma certa obsessão por sistemas, habilidades avançadas para uso de máquinas, computadores, eletrônica.

O comportamento repetitivo pode ou não estar presente. Distúrbios do desenvolvimento da linguagem, epilepsia, transtornos neuropsiquiátricos e deficiência mental podem coexistir.

É uma síndrome mais comum do que se pensa, por exemplo, é mais comum do que se somarmos os casos infantis de câncer, diabetes e AIDS, juntos!

Atualmente o número mais aceito é a estimativa de que haja 2 milhões de pessoas com autismo, cerca de 1,0% da população.

Não existe tratamento médico específico para o autismo. Os medicamentos são utilizados para tratar as complicações neuropsiquiátricas. O tratamento mais eficaz consiste em reabilitação global, incluindo atuação de diversos profissionais como fonoaudiólogo, psicólogo comportamental, terapeuta ocupacional e o emprego de métodos psicoeducacionais e comportamentais bem como a inclusão em programa pedagógico em escola de de educação especial ou regular, de acordo com as perspectivas de cada paciente.

O diagnóstico precoce e um acompanhamento digno para estes pacientes é o passaporte para um mundo livre de discriminação, onde todos, apesar de suas limitações, possam alcançar seu potencial máximo.


FONTE: JM - JORNAL METAS