terça-feira, 10 de setembro de 2013

Charlie Brown Jr. - BIOGRAFIA



Charlie Brown Jr. em apresentação no 7° Megamotofest, em Araçatuba.

Informação geral
Origem Santos, SP
País Brasil
Gênero(s) Skate punk, rap rock, ska, rap metal,rock alternativo, reggae
Período em atividade 1992 — 2013
Gravadora(s) EMI, Virgin Records, Sony Music,Radar Records

Integrantes
  • Chorão †
  • Champignon †
  • Thiago Castanho
  • Marcão
  • Bruno Graveto
Ex-integrantes
  • Heitor Gomes
  • Renato Pelado
  • André "Pinguim" Ruas


Charlie Brown Jr. (também abreviada como CBJR) foi uma banda brasileira formada em Santos no ano de 1992. Misturou vários ritmos como o rock, hardcore, o reggae, o rap, o skate punk, criando um estilo próprio. Suas letras fizeram críticas à sociedade da perspectiva do universo jovem contemporâneo. Todos os membros da banda eram naturais da cidade de Santos, exceto o vocalista Chorão, que nasceu em São Paulo.

No dia 6 de março de 2013, o membro fundador Chorão morreu em seu apartamento em São Paulo devido a uma overdose de cocaína e álcool. Os membros remanescentes da banda decidiram não mais usar o nome Charlie Brown Jr., assim mudando-se para A Banca, na intenção de preservar a memória de Chorão com o antigo nome e homenageá-lo.

Na madrugada de 9 de setembro de 2013, após pouco mais de seis meses da morte de Chorão, o vocalista da recém-fundada banda, A Banca, Champignon foi encontrado morto em sua casa, em São Paulo com um tiro na cabeça, com grande probabilidade de suicídio. 


Índice
1 História
1.1 Começo de carreira
1.2 Repercussão comercial
1.3 Álbum acústico
1.4 Nova formação
1.5 Imunidade Musical (2005-2007)
1.6 Ritmo, Ritual e Responsa (2007-2009)
1.7 Camisa 10 (Joga Bola até na Chuva) (2009-2011)
1.8 Rompimento com a Sony, a volta de Marcão e Champignon e a saída de Heitor Gomes (2011)
1.9 Música Popular Caiçara (2012-2013)
1.9.1 Nova briga com Champignon
1.10 Morte de Chorão
1.10.1 Repercussão nas vendas do iTunes Brasil
1.11 Fim do Charlie Brown Jr. e a formação de uma nova banda: "A Banca"
2 Integrantes
2.1 Linha do tempo
2.1.1 Chorão
2.1.2 Champignon
2.1.3 Thiago Castanho
2.1.4 Marcão
2.1.5 Bruno Graveto
2.2 Ex-membros
3 Discografia
3.1 Álbuns de estúdio
3.2 Álbuns ao vivo
3.3 Coletâneas
3.4 DVDs
3.5 Videografia
4 Canções em trilhas sonoras de programas de TV
5 Prêmios
5.1 VMB
5.2 Grammy Latino
5.3 Multishow
6 Referências
7 Ligações externas

História
Começo de carreira

Em 1987, o então adolescente paulistano de apenas dezessete anos de idade Alexandre Magno se mudou para Santos, litoral de São Paulo, após uma infância difícil e traumática. Era mais conhecido pelo apelido de Chorão, passou a se interessar pela prática do skate. Um dia, em um bar local, substituiu por acaso o vocalista de uma banda, quando o mesmo precisou se ausentar devido a necessidades fisiológicas. Uma pessoa da plateia, ao vê-lo cantar, convidou-o para ser vocalista em sua banda. Quando o baixista da referida banda saiu, Chorão veio a conhecer Champignon, o novo baixista, uma criança de apenas doze anos na época, formaram então a banda What's Up. Tempos depois, Chorão e Champignon decidiram convidar o baterista Renato Pelado, egresso de bandas da cidade como Ecossistema, Jornal do Brasil, entre outros projetos. Mais tarde, Marcão e Thiago Castanho completaram a primeira formação da banda Charlie Brown Jr. A banda, ainda sem nome, continuou a se apresentar na cidade. "Fundei e batizei a banda com esse nome em 1992. Foi uma coisa inusitada. Trombei (literalmente) com uma barraca de água de coco que tinha o desenho do Charlie Brown, aquele personagem do Charles Schulz, mais conhecido por ser o dono do Snoopy. E o "Jr" é pelo fato de sermos filhos do rock", se explica Chorão pelo fato de a banda se considerar "filha" de uma geração de músicos e bandas como Raimundos, O Rappa, Nação Zumbi, e Planet Hemp. A sonoridade do grupo tinha influências de grupos como Blink 182, Sublime, Bad Brains, 311, misturando hardcore, skate e reggae O vocalista da banda, Chorão, era skatista, chegando a figurar nas melhores posições do ranking de diversos campeonatos brasileiros, e costumava apresentar-se nos shows em cima de um skate. Por volta de 1993, já com esta formação da banda, começaram a tocar no circuito underground de Santos e São Paulo e a fazer shows em vários eventos de skate. As primeiras apresentações do quinteto aconteceram em Santos e São Paulo, especialmente em campeonatos de skate.

Uma fita demo foi entregue a Rick Bonadio, presidente da Virgin Records no Brasil e produtor dos Mamonas Assassinas, que se interessou pelo grupo e os contratou. De uma demo de três faixas surge o primeiro disco do grupo, produzido por Tadeu Patolla e Rick Bonadio com o selo da Virgin. Nasce então o álbum Transpiração Contínua Prolongada, título que segundo a banda retratava tudo que passaram para chegar onde chegaram. O disco vendeu por volta de 500 mil cópias e trazia uma forte influência também do funk. Foi bem recebido pelas rádios, que executaram faixas como "O Coro Vai Comê!", "Proibida pra Mim (Grazon)", "Tudo que Ela Gosta de Escutar" e "Gimme o Anel". Na época, o baixista Champignon era menor de idade. Consequentemente, sempre que a banda se apresentava em casas noturnas, era necessária uma autorização judicial para que o jovem baixista acompanhasse o grupo.

Repercussão comercial

Em 1999, após a estreia promissora, o grupo voltou com Preço Curto... Prazo Longo, composto por 25 canções inéditas, entre elas "Confisco", "Zóio de Lula", "O Preço" e "Não Deixe o Mar te Engolir", que sedimentaram a boa recepção da banda e garantiram sua presença nas rádios. De 1999 a 2006, a canção "Te Levar" foi tema do seriado Malhação, da Rede Globo, fazendo com que a banda exposse seu trabalho às mais diferentes classes sociais. Com sua propagação na mídia, o grupo ganhou vários prêmios e chegou assim, por várias vezes, ao topo de grandes rádios espalhadas pelo país. Pouco antes de entrar no estúdio para gravar o terceiro álbum, a banda passou por uma forte crise interna, causada pelas brigas entre Chorão e Champignon, que quase encerrou a carreira.

Apesar das dificuldades, a evolução da fórmula hip hop/reggae/hardcore continuou em Nadando com os Tubarões, lançado em 2000, cujos destaques foram as faixas "Rubão - O Dono do Mundo" e "Não é Sério". O disco marcava a entrada de DJ Anderson Faria como acompanhante fixo na turnê deste disco, que também contou com participações especiais, como o rapper Sabotage, a cantora Negra Li (na música "Não é Sério") e seu grupo RZO.

 "Em 98, o Chorão foi ver o RZO tocar e depois foi ao camarim para nos fazer o convite para participar do disco do Charlie Brwon Jr."  Negra Li


Este disco apresentou uma sonoridade mais produzida e carregada se comparado aos dois primeiros álbuns, com algumas letras refletindo o momento delicado pelo qual Chorão estava passando, devido à morte do seu pai. No fim do ano, o Charlie Brown Jr. decidiu, junto com outras bandas, não participar do Rock in Rio - Por um Mundo Melhor por discordar do tratamento dispensado às bandas nacionais.

No fim de 2000, o guitarrista Thiago Castanho deixa o grupo alegando divergências pessoais. No mesmo ano, porém, a banda vence o Video Music Brasil, levando o prêmio "Escolha da Audiência" pelo clipe de "Rubão". Como um quarteto, o Charlie Brown Jr. assinou com a EMI para lançar 100% Charlie Brown Jr. (Abalando a sua Fábrica) , com canções novas. As faixas de maior destaque foram "Hoje eu Acordei Feliz", "Lugar ao Sol" e "Sino Dourado". Nesse álbum o grupo focou-se mais no rock e no hardcore, deixando um pouco de lado suas outras influêcias. Ao contrário do que fizeram nos 3 primeiros discos, optaram por gravar o novo trabalho ao vivo (método em que todos os músicos tocam ao mesmo tempo no estúdio), resultando em uma sonoridade mais crua. Em abril de 2002, uma apresentação da banda no Rio de Janeiro acabou em tumulto generalizado. Devido a uma briga, os integrantes da banda saíram do palco antes do previsto, causando revolta na plateia. Lojas e lanchonetes do parque Terra Encantada foram depredadas, porém não houveram feridos graves.

O título do quinto álbum, Bocas Ordinárias, se apropriou de uma expressão lusitana, devido ao sucesso do grupo em apresentações realizadas em Portugal. A fusão de estilos gerou novos hits, como "Papo Reto (Prazer é Sexo, O Resto é Negócio)" e "Só por uma Noite", "Bocas Ordinárias, Guerrilha!" e "Somos Poucos Mas Somos Loucos", além de uma versão de "Baader-Meinhof Blues", da Legião Urbana. Para este disco a banda optou por uma sonoridade mais polida, diferente do disco anterior.

Álbum acústico

Em 2003, chegou a vez do Charlie Brown Jr. gravar seu Acústico MTV. Entre os convidados, o grupo chamou Negra Li, Marcelo Nova e Marcelo D2, que participaram de versões de "Não é Sério" , "Hoje" (Camisa de Vênus) e de "Samba Makossa" (Chico Science & Nação Zumbi), respectivamente. Entre as regravações, a banda santista optou pelas canções "Proibida pra Mim", "Zóio de Lula", "Tudo que Ela Gosta de Escutar". O primeiro single foi a canção inédita "Vícios e Virtudes". O disco foi marcado pelo grande sucesso de vendas e mídia e, curiosamente, foi gravado enquanto a banda estava no auge da carreira, contrariando a tradição de retomar ao auge carreiras de outros artistas.

Durante a turnê acústica, em 2004, Chorão se desentendeu com Marcelo Camelo, do grupo Los Hermanos, quando as duas bandas se encontraram no aeroporto de Fortaleza antes da apresentação das mesmas no festival Piauí Popdaquele ano. O motivo teria sido uma suposta crítica à participação do Charlie Brown Jr. em um comercial para a Coca-Cola. O vocalista do grupo carioca processou Chorão por danos morais decorrentes da agressão, que acabou por quebrar o nariz do ex-integrante do Los Hermanos na sala de desembarque do vôo da Tam, sem êxito, visto que foi imputado a este culpa concorrente pelo acontecido.

Após mais de dois milhões de álbuns vendidos, o Charlie Brown Jr. lança em 2004 o sétimo disco da carreira, Tâmo Aí Na Atividade, que apresentou algumas inovações na parte sonora, como batidas eletrônicas e teve como músicas de trabalho as faixas "Tamo aí na atividade" e "Champagne e Água Benta".

Nova formação

No início de 2005, o vocalista Chorão foi surpreendido com o anúncio de que Marcão, Renato Pelado e Champignon estavam deixando o grupo, alegando divergências musicais. Contrariando as expectativas, Chorão apareceu com uma nova formação para o Charlie Brown Jr. O novo núcleo era baseado na cidade de Santos, onde a banda surgiu. Thiago Castanho, guitarrista que fez parte dos três primeiros discos da banda, retornou ao grupo. Dois novos músicos assumiram, respectivamente, a bateria e o baixo; André Ruas, conhecido como Pinguim; e Heitor Gomes, filho do contra-baixista Chico Gomes.

André Luís Ruas, o "Pinguim", ganhou seu apelido porque, quando mais novo, usava uma camiseta da marca de sorvete "Pingolé". Sua experiência musical vem da noite santista, tendo trabalhado com Thiago Castanho antes de ambos entrarem para a banda. Pinguim também era o responsável pelo beatbox que até então acompanhava os vocais de Chorão nas músicas do Charlie Brown Jr. Depois dos ensaios com o repertório antigo e depois de alguns show's em vários locais do país, Chorão, Thiago, Heitor e Pinguim fortaleceram os vínculos e encontraram a sintonia necessária para criar novas músicas.

Imunidade Musical (2005-2007)

O álbum Imunidade Musical é lançado em 2005 com destaque para o primeiro single "Lutar pelo que É Meu", além de "Cada Cabeça Falante tem sua Tromba de Elefante", com as participações de Rappin Hood e Parteum, do Mzuri Sana. Ainda neste ano, o Charlie Brown lança o DVD Skate Vibration, que mostra imagens da banda se apresentando em disputas de skate e imagens nos estúdios Digital Grooves e Midas Studios, onde gravaram o disco.

No DVD, além de uma apresentação ao vivo, estão os videoclipes que misturam imagens da banda Charlie Brown Jr. nos shows realizados em 2005, nas viagens e durante as gravações de seu oitavo álbum. Imunidade Musical, no qual a sonoridade do Charlie Brown Jr. foi restabelecida através de 23 faixas, se tornou um álbum emblemático na trajetória da banda. A canção "Lutar pelo que É Meu" substituiu "Te Levar" na abertura do seriado Malhação, de abril de 2006 até outubro de 2007.

Ritmo, Ritual e Responsa (2007-2009)

O nono álbum da carreira lançado pelo Charlie Brown Jr. foi entitulado de Ritmo, Ritual e Responsa. Trouxe 22 faixas inéditas e uma faixa bônus, e chegou às lojas no final de setembro de 2007. Produzido por Chorão e Thiago Castanho, possui letras com forte apelo urbano e que vão de encontros aos anseios da juventude, com direito a toques eletrônicos e a presença do rap. No dia 9 de abril de 2007 chegou às rádios do Brasil "Não Viva Em Vão", canção de Chorão e Thiago Castanho que foi escolhida como primeira música de trabalho. Logo em seguida é lançado o segundo, "Pontes Indestrutíveis", e posteirormente outra, a canção "Be Myself", que foi escolhida para fazer parte datrilha sonora da telenovela Duas Caras, exibida pela Rede Globo. Destaque também para o quarto single do álbum, "Uma Criança com Seu Olhar". No dia 23 de abril de 2008, foi divulgado no site oficial que o baterista André Ruas, o Pinguim, não fazia mais parte da banda. O motivo seria o fim do contrato que já estava se aproximando, sem que houvesse interesse de ambas as partes em renová-lo. Para o lugar de Pinguim, entrou Bruno Graveto, também de Santos.

Camisa 10 (Joga Bola até na Chuva) (2009-2011)

Depois de sete anos na EMI, a banda muda para a gravadora Sony Music. Com a produção de Rick Bonadio, que produziu bandas dos anos 1980, como Ira! e Titãs, artistas da mesma geração do Charlie Brown, como o Tihuana eCPM 22, e bandas da nova geração, como NX Zero e Fresno, a banda lança o álbum Camisa 10 (Joga Bola até na Chuva). O nome "Camisa 10", é um trocadilho por este ser o décimo álbum da banda. É o primeiro com o baterista Bruno Graveto. O disco possui a canção "O Dom, a Inteligência e a Voz" feita a pedido da cantora Cassia Eller, que Chorão fez para entrar no disco que a cantora iria fazer em 2002. Mas, 15 dias após a criação da música, Cássia faleceu. A canção "Me Encontra", foi lançada como primeiro single do álbum no final de julho de 2009.

Rompimento com a Sony, a volta de Marcão e Champignon e a saída de Heitor Gomes (2011)

No início de 2011, a banda gravou o CD e DVD ao vivo "Música Popular Caiçara", em Santos, que seria lançado pela gravadora da banda na época, a Sony Music. Durante a gravação do show, problemas ocorreram na organização do evento, o que para a banda foi gota d'água. Numa reunião, eles decidiram romper com a gravadora, passando a trabalhar de forma independente. Nessa época, Heitor Gomes ainda fazia parte da banda.

Após esse acontecimento, na edição 2011 do Viradão Carioca, no Rio de Janeiro, Chorão disse que tinha uma surpresa para o público, e que a banda não era mais formada por 4 integrantes, mas sim 5. Logo após isso, chamouMarcão para o palco, selando oficialmente sua volta ao grupo. Em julho daquele ano, o contrato com o baixista Heitor Gomes foi encerrado e saiu da banda de forma amigável, alegando buscar o sucesso independente, mais tarde se juntando à banda CPM 22. Com isso, Champignon voltava ao grupo, surpreendendo os fãs com um video postado no YouTube onde dizia: "Voltei pra ficar! Aqui é minha casa!". Após isso a banda passa a contar quase com sua formação original. Em entrevista dada no dia da morte de Chorão, Champignon afirmou que ele e Chorão brigaram algumas vezes na vida, mas felizmente puderam refazer a amizade.”4 "A gente tinha uma relação profissional. Apesar das muitas brigas, éramos amigos há mais de 20 anos"5 .

Música Popular Caiçara (2012-2013)

Com os problemas com a antiga gravadora, o Música Popular Caiçara foi refeito em setembro de 2011, dessa vez, gravado em Curitiba e na cidade natal da banda. Com a produção de Liminha, o show conta com as participações especiais de Marcelo Falcão, vocalista d'O Rappa, Zeca Baleiro, e dos compositores baianos Marcelo Nova e Márcio Mello. Gravado de maneira independente, o DVD demorou cerca de 7 meses para ser lançado. Em maio de 2012,Música Popular Caiçara foi lançado com a distribuição do selo Radar Records, em comemoração aos vinte anos de carreira do grupo.

Nova briga com Champignon

Durante um show da turnê em Apucarana, no Paraná, Chorão criticou o baixista, afirmando que ele deveria ser muito grato por ter sido aceito de volta ao grupo "depois de tudo que fez"6 . Após quase cinco minutos de esculhambação, Champignon deixou o palco quando Chorão disse que ia tocar a canção "O preço". O show continuou sem o baixista, e com a plateia gritando "arregou, arregou". A briga virou notícia após um fã, que gravou todo o discurso de Chorão, divulgar o vídeo com a discussão no YouTube7 . Com a repercussão negativa da briga, Chorão e Champignon divulgaram um vídeo no Youtube pedindo desculpas aos fãs, e reafirmando suas amizades8 9 .

Morte de Chorão

Na madrugada do dia 6 de março de 2013, o vocalista da banda, Chorão, foi encontrado morto em seu apartamento, localizado na zona oeste da cidade de São Paulo.10

Em entrevista dada no dia da morte de Chorão, Champignon, o então baixista da banda, informou que a banda estava de férias (o último show que fizeram foi no fim do mês de janeiro de 2013, em Balneário Camboriú)11 e que o próximo show programado estava marcado para o dia 22 de março de 2013, em Campo Grande, no Rio de Janeiro. "Íamos voltar a tocar no dia 22, mas isso não vai mais acontecer". Questionado sobre o futuro da banda, ele afirmou que "só o tempo vai dizer".11

Poucos dias antes de morrer, o cantor Chorão divulgou o novo single do Charlie Brown Jr., intitulado "Meu Novo Mundo", que seria lançada no próximo álbum da banda.12 A canção foi apresentada no dia 28 de fevereiro de 2013, em visita ao estúdio da rádio 89FM, em São Paulo.13 O futuro da banda após a morte de seu vocalista e principal compositor permanece incerto, entretanto, de acordo com Champignon, não há como a banda continuar em atividade com a ausência de Chorão.

Repercussão nas vendas do iTunes Brasil

Na semana da morte do Chorão, o Charlie Brown Jr. dominou a lista de compras do iTunes no Brasil. No top 10 das músicas mais compradas da semana, a banda apareceu em nove das 10 posições. O único single da lista que não era do grupo correspondia à 5ª posição.16 Além disso, no dia 14 de março, havia sete discos da banda entre os 200 mais vendidos no iTunes Brasil. A coletânea "Charlie Brown Jr: de 1997 a 2007", figurou na segunda posição dos álbuns mais vendidos deste dia17 .
Fim do Charlie Brown Jr. e a formação de uma nova banda: "A Banca"

No dia 11 de abril de 2013 em entrevista à revista Rolling Stone Brasil, o baixista Champignon confirma que a banda Charlie Brown Jr. não tem como continuar sem o Chorão, mas os integrantes, Marcão, Graveto e Thiago Castanho ao lado de Champignon formarão uma nova banda chamada A Banca18 (uma gíria de rua, que significa um movimento de uma gangue, a gangue do Charlie Brown Jr.), onde o baixista assumira os vocais e a banda terá uma nova baixista chamada Lena Papini. Sobre o nome da nova banda, Champignon explicou:
"A gente a principio não quis continuar com o nome da banda para preservar a imagem que as pessoas têm do Charlie Brown. Depois que o Chorão morreu, nós ficamos pensando o que faríamos e, um dia, tomando banho comecei pensar que a gente não é o Charlie Brown, nós éramos a banca do Charlie Brown. Por isso nós decidimos mudar para A Banca." Champignon


Já sobre sua ida aos vocais, Champignon comentou que também é uma homenagem a Chorão, já que Chorão havia sinalizado que ele poderia assumir os vocais da banda durante suas férias.
“Ele estava bem cansado e uns dois ou três meses antes de partir, ele pediu para que a gente continuasse comigo no seu lugar para ele descansar. Foi por isso que nós tivemos essa ideia de eu ir para o vocal e a gente reestruturar a formação da banda dessa forma. Então existe um aval do próprio cara antes do que aconteceu.” Champignon


A primeira apresentação da banda foi no programa de TV Altas Horas gravado no dia 11 de abril de 201319 . A Banca foi confirmada como uma das atrações do festival João Rock 2013.20

Integrantes

Linha do tempo




Chorão
Ver artigo principal: Chorão

Além de vocalista e fundador da banda, Chorão era responsável pela maior parte das letras e pelo seu direcionamento artístico e executivo.4 Esteve na banda desde 1992 e foi o único que sempre permaneceu em todas as formações. Seu verdadeiro nome é Alexandre Magno Abrão, mas o apelido vem do convívio com skatistas. Conta-se que certo dia viu os amigos andando e um deles para zombá-lo, disse "não chora!", já que Chorão ainda não sabia andar. Acabou ficando com o apelido, e após ter aprendido o esporte participou de várias competições antes de se tornar músico, chegando ao vice-campeonato paulista. Era sócio de uma pista de skate construída em sua cidade natal. Chorão morreu na madrugada do dia 5 para o dia 6 de março de 2013, foi encontrado morto (no dia 6 de março de 2013) em seu apartamento, pelo seu motorista, no apartamento que estava revirado.

Champignon
Ver artigo principal: Champignon

Baixista, beat-Box e backing vocal. Entrou no Charlie Brown Jr em 1992, mas saiu da banda em 2005, neste período ele gravou 7 discos com a banda, em 2011 Champignon retorna ao Charlie Brown, após Chorão publicar um texto explicando que o contrato de Heitor Gomes tinha rompido, e ambos acharam melhor a separação. Nesse mesmo comunicado ele anuncia que Champignon estaria voltando à banda, depois de quase seis anos. Esteve presente na gravação do CD e DVD Música Popular Caiçara que foi lançado em março de 2012. Permaneceu na banda até o seu final em abril de 2013 devido a morte de seu membro fundador. Posteriormente com a mesma formação da antiga banda, formou a banda A Banca. Passou de baixista para o vocais principal. Ele e Chorão se desentenderam em um show mas, após ver que um fã havia gravado a briga, os dois gravaram um vídeo selando novamente a amizade, Champignon morreu na madrugada do dia 8 para o dia 9 de setembro de 2013, foi encontrado morto (no dia 9 de setembro) em seu prédio.

Thiago Castanho

Thiago Castanho entrou no Charlie Brown Jr. em 1992 e, depois de tocar nos três primeiros discos, se desligou da banda em 2001. Antes de voltar e assumir definitivamente as guitarras do Charlie Brown Jr. no ano de 2005, Thiago montou o estúdio Digital Grooves em Santos, SP, cursou administração de empresas durante seis meses e gravou um Acústico MTV com a banda Ira!. Thiago também fez parte da banda Aliados 13. Apesar da volta de Marcão, continua sendo o principal responsável pelos solos de guitarra, assim como era há vários anos, quando ainda existia a dupla na banda. Permaneceu na banda até o seu final em abril de 2013 devido a morte de seu membro fundador. Posteriormente com a mesma formação da antiga banda, integra a banda A Banca.

Marcão

Guitarrista, entrou no Charlie Brown Jr. em 1992, foi um dos responsáveis pela chegada do guitarrista Thiago Castanho, que havia sido seu aluno de guitarra. No período de sua primeira passagem na banda ele gravou sete discos, antes de sair em 2005, Marcão retorna para o Charlie Brown Jr. em 2011, durante um show no Viradão Carioca. Esteve presente na gravação do CD e DVD Música Popular Caiçara. Permaneceu na banda até o seu final em abril de 2013 devido a morte de seu membro fundador. Posteriormente com a mesma formação da antiga banda, integra a banda A Banca.

Bruno Graveto

Baterista, entrou na banda no ano de 2008 e toca desde os doze anos. Antes de entrar no Charlie Brown Jr. tocou em outras bandas, como Pipeline e O Surto. Tocou também com o baixista Heitor Gomes na banda Fusion. Permaneceu na banda até o seu final em abril de 2013 devido a morte de seu membro fundador. Posteriormente com a mesma formação da antiga banda, integra a banda A Banca.
Ex-membros
Heitor Gomes - baixo (2005-2011)
Renato Pelado - bateria (1992-2005)
André Ruas "Pinguim" - bateria (2005-2008)

Discografia
Ver página anexa: Discografia de Charlie Brown Jr.

Álbuns de estúdio
1997 - Transpiração Contínua Prolongada
1999 - Preço Curto... Prazo Longo
2000 - Nadando com os Tubarões
2001 - 100% Charlie Brown Jr. - Abalando a Sua Fábrica
2002 - Bocas Ordinárias
2004 - Tâmo Aí na Atividade
2005 - Imunidade Musical
2007 - Ritmo, Ritual e Responsa
2009 - Camisa 10 (Joga Bola até na Chuva)
2013 - La Família 013
Álbuns ao vivo
2003 - Acústico MTV
2012 - Música Popular Caiçara (Ao Vivo) 
Coletâneas
2008 - De 1997 a 2007
2008 - Perfil
DVDs
2002 - Luau MTV Ao Vivo
2003 - Acústico MTV
2004 - Na Estrada
2005 - Skate Vibration
2008 - Ritmo, Ritual e Responsa
2012 - Música Popular Caiçara (Ao Vivo)

Videografia
"O Coro Vai Comê" (1997)
"Proibida Pra Mim" (1997)
"Gimme o Anel" (1998)
"Quinta-Feira" (1998)
"Zoio d' Lula" (1999)
"Confisco" (1999)
"Não Deixe o Mar Te Engolir" (2000)
"Rubão,O Dono do Mundo" (2000)
"Não é Sério" (2001)
"Lugar ao Sol" (2001)
"Hoje eu Acordei Feliz" (2002)
"Papo-Reto" (2002)
"Papo-Reto" (Ao Vivo) (2003)
"Só Por Uma Noite" (2003)
"Vicios e Virtudes" (2003)
"Não Uso Sapato" (2004)
"Champagne e Água Benta" (2005)
"Tamo Aí Na Atividade" (2005)
"Lutar Pelo Que É Meu" (2005)
"Ela Vai Voltar" (2006)
"Não Viva,Em Vão" (2007)
"Pontes Indestrutíveis" (2007)
"Me Encontra" (2009)
"Só os Loucos Sabem" (2010)
"Céu Azul" (2011)
"Meu Novo Mundo" (2013)

Canções em trilhas sonoras de programas de TV
1998 - "Proibida pra Mim (Grazon)": Tema do personagem Escova (Mário Frias) na temporada de 1998 de “Malhação”22 .
De 1999 a 2006 - "Te Levar": Tema de abertura de “Malhação” desde a temporada que estreou em outubro de 1999 até a temporada de 200622 .
2001 - Tudo mudar: Incluída na trilha sonora do seriado teen Malhação temporada de 2001 tema de Bia (Fernanda Nobre) e Léo (Max Fercondini) 23 24 .
De 2001 a 2004 - "Como Tudo Deve Ser": Fez parte da trilha sonora do reality show Casa dos Artistas25 .
2004 - "Não é Sério": Tema do personagem Lucas (Guilherme Bernard) na novela “Começar de Novo”22 .
De 2006 a 2007 - "Lutar pelo Que É Meu": Tema de abertura de “Malhação” nas temporadas 2006 e 200722 .
2007 - "Be Myself": Tema de Marconi Ferraço (Dalton Vigh), o protagonista da novela “Duas Caras”22 .
2010 / Presente - "Abertura Legendários": Tema de abertura do programa de humor "Legendários"
2013 - "Céu Azul": Tema dos personagens Isabel e Eduardo na novela “Balacobaco”, da Record22 .
2013 - "Pontes Indestrutíveis": Tema de Ninho (Juliano Cazarré) na novela "Amor à Vida".
2013 - "Ela Vai Voltar": Tema de Anita e Martin de “Malhação” na temporada de 2013-2014

Prêmios
Ver artigo principal: Anexo:Lista de prémios e indicações recebidos pelo Charlie Brown Jr.
VMB
1998 - Banda Revelação: "Proibida pra Mim"
2001 - Escolha da Audiência: "Rubão, o Dono do Mundo"
2001 - Melhor Videoclipe de Rock: "Rubão, o Dono do Mundo"
2003 - Escolha da Audiência: "Papo Reto (Prazer É Sexo, o Resto É Negócio)"
2003 - Melhor Videoclipe de Rock: "Só por Uma Noite"
Grammy Latino
2005 - Melhor Álbum de Rock Brasileiro: "Tâmo aí na Atividade"
2010 - Melhor Álbum de Rock Brasileiro: "Camisa 10 Joga Bola Até na Chuva".
Multishow
2007 - Melhor Canção: "Senhor do Tempo"
2008 - Melhor Videoclipe: "Pontes Indestrutíveis"


Fonte: Wikipédia