Objetivo do evento foi conscientizar a sociedade sobre os malefícios das drogas
Milhares de jovens lotaram as arquibancadas do Ginásio Nilson Nelson, no Eixo Monumental, área central de Brasília, na tarde deste sábado (22), para acompanhar uma luta de boxe entre Brasil e Argentina para combater as drogas. O evento, batizado como "Nocaute ao Crack", foi aberto pelo tetracampeão mundial de boxe, Acelino Popó de Freitas.
A intenção deste projeto, promovido pelo GDF (Governo do Distrito Federal), é conscientizar a sociedade sobre os malefícios das drogas, especialmente o crack, e resgatar as pessoas que hoje são dependentes químicas. A iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Esportes do DF, em parceria com a Força Jovem Brasil-DF.
A tradicional rivalidade entre os países — Brasil e Argentina — também esteve presente nos camarins dos dois lutadores. De um lado, o brasileiro Goevanni Andrade, que defendeu com garra o Cinturão Mundial de Boxe, na categoria Super-Galo — até 55 quilos. Do outro lado, estava o argentino Omar Gabriel, que deu bastante trabalho e por vezes ameaçou conquistar o título.
A luta foi diferente — sem bilheteria, mas com responsabilidade social. O evento marcou a primeira edição do "Nocaute ao Crack", promovido pela Força Jovem Brasil, que há um ano tem colocado o esporte como ferramenta de prevenção e combate às drogas em todo o País, especialmente contra o crack.
O brasileiro Geovani entrou no ringue com um compromisso muito grande: segurar o cinturão que está com ele há três anos. Foi uma luta difícil, aconteceram provocações dos dois lados. No entanto, Geovani manteve-se firme e usou várias técnicas para cansar o adversário. E deu certo.
O argentino estava duro na queda, caiu no primeiro round e levantou rapidamente. Depois, caiu novamente. Em seguida, aconteceram mais seis quedas, até chegar ao 11º round, quando Omar não conseguiu mais levantar e foi, enfim, nocauteado pelo brasileiro.
O pastor e coordenador da Força Jovem Brasil no DF comemora o resultado do evento.
— Foi acima das expectativas. Foi um verdadeiro sucesso.
Um milhão de dependentes químicos
Estudos elaborados pelo Ministério da Saúde mostram que, somente este ano, um milhão de pessoas tornaram-se dependes químicas.
Para o ex-lutador e tetracampeão mundial de boxe, Acelino Popó Freitas, o esporte pode ajudar a reverter muitas situações e mudar a história de pessoas que hoje estão presas às drogas.
— A pessoa ocupa a mente, o corpo e começa a sonhar, a ter objetivos e se torna alguém melhor a cada dia.
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Fonte: R7
